31 maio 2010

Os "penaletas" do Manuel

Boa parte dos textos e vídeos publicados hoje devem-se ao meu centro de recursos particular e ao número de Janeiro de 2009 do Público na escola (em particular a um artigo de Isabel Margarida Duarte, intitulado "A propósito do Ano Mundial da Astronomia"). O título de alguns textos foi uma palavra inventada pelo meu sobrinho Manuel, que desde muito pequenino se interessou por ciências.

"Penaletas", de Gustav Holst



Holst- Jupiter, the Bringer of Jollity- The Planets Suite

"Penaletas" de Jorge de Sousa Braga

REFRÃO

Todas as noites
o sol repete
o refrão:

Mercúrio
Vénus
Terra
Marte
Saturno
Júpiter
Urano
Neptuno
Plutão

aonde estão?

E eles respondem
em coro:

Em conjunção


Jorge de Sousa Braga

(Pó de estrelas, Assírio e Alvim: 2007)

35 investigadores lêem "Poema para Galileo"

"Penaletas" de António Osório

AQUELE PONTO

Ao lado esquerdo
na sua galáxia
aquele ponto
quase microscópico
que voa
e a que chamaram Terra.



VIDENTE

O que sabe,
o que vê,
como vai
longe
o supertelescópio

Como um selvagem
apetece adorá-lo.




OBRIGAÇÃO

Luneta de Galileu
e a cara dele,
florentina, serena.

Tire o seu chapéu,
planetário.




VIA LÁCTEA

Caminhar por ela
como quem olha
e ama
plátanos velhos.


António Osório

Adão, Eva e o Mais e Planetário e Zoo dos Homens (Lisboa: Gótica, 2003)

28 maio 2010

Tarefa de Maio

Com a tarefa do mês de Maio, fechamos o concurso “Duas culturas”.

Desta vez propomos-te que leias (ou apenas folheies) o livro do mês:
DURAND, Jean-Yves (org.) - Vila Verde: uma etnografia no presente. Ed. Câmara Municipal de Vila Verde, 2004.

Concentra-te no texto e nas imagens que retratam a tecnologia da água do concelho de Vila Verde.

Jean-Yves Durand refere-se-lhe nestes termos: “(…) ao longo dos séculos, a paisagem [de Vila Verde] foi estruturada e modelada pelos constantes esforços humanos de controlar e utilizar a água. O sistema passa neste momento por um nítido enfraquecimento generalizado (…), mas é verdade que a cultura da água, por assim dizer, chegou em Vila Verde a uma sofisticação e um grau de intensidade invulgares. Os traços desta espantosa organização não passam, no entanto, de discretas inscrições no terreno, cujos pormenores mais finos só se revelam a quem os procura com insistência: é uma paisagem com marca de água.” O autor alude ainda a uma “(…) identidade local (…) [que é] feita sobretudo de pequenos toques, de ambientes difusos, e não salta logo à vista de quem não se dá ao esforço de um olhar atento.”

O trabalho final do “Duas Culturas” consiste em fotografar uma dessas “inscrições no terreno” da cultura da água no teu concelho. Deverás incluir uma legenda que referencie o local onde tiraste a fotografia; podes ainda acrescentar, se achares pertinente, algumas notas explicativas ou curiosidades acerca do objecto fotografado.
Nas páginas desta obra encontrarás imagens que te podem servir de referência.


Pontuação: os trabalhos serão pontuados numa escala de 1 a 100, de acordo com os seguintes critérios:

- Qualidade da imagem (70 pontos);

- Adequação e pertinência da legenda (30 pontos).


26 maio 2010

Livro do mês: Vila Verde: Uma etnografia no presente


Vila Verde: Uma etnografia no presente
Clara Saraiva
Emmanuel Salesse
Jean-Yves Durand (org.)
Vila Verde: Câmara Municipal, 2004



"Uma apresentação do património de Vila Verde, um livro sobre a etnografia do Concelho..."

[...] Panfletos turísticos, livros, páginas na internet... É com grande frequência que os discursos de autopromoção produzidos hoje em dia pelas autarquias europeias parecem padecer de uma certa esquizofrenia, divididos como estão entre a vontade de assinalar as etapas alcançadas no caminho do desenvolvimento e o desejo de evidenciar o que ancora a comunidade local no seu meio geográfico e no seu passado. Por um lado, a zona industrial, a estrada de circunvalação, a piscina, a estação de tratamentos de efluentes, o pavilhão multiusos, o hospital, o ponto de unternet público... Por outro lado, o que estes empreendimentos deixaram de paisagens bucólicas, os monumentos emblemáticos da localidade, as "tradições" de diversas naturezas, alguma actividade artesanal, a gastronomia... Numa palavra: o "património".

[...]Uma azenha, uma cantiga, a receita de uma doçaria conventual, etc.: não não é por acaso que a maior parte destes exemplos evoca um universo sobretudo rural e também associado a tempos idos. Fala-se agora raramente em "património" sem, no mínimo, o vago sentimento de uma ameaça pairando sobre a capacidade de reproduzir e de transmitir às novas gerações um bem que um grupo social valoriza e que, em consequência, parece ser objecto de protecção


In Durand, Jean-Yves - Vila Verde: Uma etnografia no presente , p. 8

18 maio 2010

Tempo para pensar


De acordo com Randal Keynes, tetraneto de Charles Darwin, "Darwin fazia muitas coisas ao longo do dia. Não dedicava mais do que três ou quatro horas à ciência. O resto do tempo descansava, passeava no jardim ou nos arredores, fazia experiências no jardim. Tinha de facto uma vida muito agradável."


(Público de 8 de Maio de 2010)


17 maio 2010

Les etoiles filantes-les cowboys fringants

Viagem ao centro da Terra, por José Diogo Quintela


"Na Viagem ao Centro da Terra, escrita em 1864, Júlio Verne relata uma expedição em que três exploradores, entrando por um vulcão islandês adentro, dão por si num mundo perdido, povoado por animais extintos e simiescos antepassados do homem. Uma espécie de regresso ao passado, portanto. Os dotes premonitórios de Verne são, de facto, estupendos. Quem diria que, mais de 150 anos depois da Viagem ao Centro da Terra, outro vulcão islandês nos iria enviar de volta ao passado. É o problema da boa ficção científica: passado algum tempo, deixa de ser ficção. (Não é só a Viagem ao Centro da Terra que bate certo. Ao mesmo tempo, por causa da atrapalhação no tráfego aéreo, nunca o Volta ao Mundo em 80 Dias fez tanto sentido. É o tempo que alguém demoraria se tivesse escolhido aquela semana para dar uma volta ao mundo.)"


(in Pública, 3 de Maio de 2010)

11 maio 2010

Viagem ao Centro da Terra, por Henrique Araújo

Esta é mais uma história, fantástica e divertida, de Júlio Verne, que se baseia numa grande aventura que leva três personagens, o professor Lidenbrock, um cientista, o seu sobrinho Axel e, ainda, o seu guia, Hans, a embarcarem bnuma grande aventura, como já se tinha referido, ao centro da Terra.

Toda a história é contada pelo narrador-personagem Axel que tenta, ao longo da história, explicar todos os pormenores da vigem e como consequência de este ser o narrador quem lê o livro fica a conhecer muito bem esta personagem ao contrário das outras.

"Viagem ao centro da Terra" é uma aventura científica, com um vocabulário fácil, uma leitura fácil também, o que torna o livro próprio para jovens, mas também existem aspectos negativos, como, por exemplo, a maneira do autor descrever a história, pois limita-se muito a descrever todos os pormenores da história. Mas, na minha opinião, não é só o vocabulário e o facto de ser uma aventura científica que torna o livro mais interessante mas também o facto de ser uma história onde entram muitos dinossauros e de estes se encontrarem por baixo da crusta terrestre num outro mundo que no livro parece real mas que nós hoje em dia sabemos que é impossível existir.

É um livro que vale a pena ler porque a história leva, a quem está a ler, a acreditar que tudo aquilo poderia ser mesmo real.

Henrique Araújo, nº 16, 11º A

20 000 Léguas Submarinas, por Ana Rita Pereira

20 000 léguas submarinas é um livro que nos leva ao mundo imaginário dos monstros que reinam o mar (superstição da época, 1968). Só o título deste livro chama-nos à atenção, mas quando começamos a ler a história ficamos decepcionados, pois o autor dá-nos as descrições das personagens - o que elas exercem como profissão, os seus conhecimentos, o que se torna um pouco cansativo.
Ao longo da história o autor leva-nos ao mundo das criaturas que aterrorizam as populações e os navegantes dos mares, devido ao tamanho destas ser aterrorizam as populações e os navegantes dos mares, devido ao tamanho destas ser aterrorizador e alarmante.
Desde que começa a aventura do NAUTILOS, submarino comandado pelo capitão Nemo que nos leva ao mundo fantástico, a história começa a ser mais cativante e mais apeladora, pois nunca sabemos o que vai acontecer a seguir.

Ana Rita Fernandes B. Pereira, nº4, 11º A